Apenas um olhar sobre Parada de Gonta. Uma visão da realidade de ontem, de hoje, de sempre. A Aldeia que foi musa do Poeta, dos Poetas, Tomás Ribeiro, Branca de Gonta Colaço, Rodrigo de Melo...e berço de muitos artistas!
Recuperamos novamente a temática
«Parada de Gonta, pelo País, pelo Mundo» , nos posts já colocados (...1),
(...2) e
(...3), para trazermos aqui a ligação à cidade de Coimbra.
Tomás Ribeiro fez ali o seu curso de Direito. Naturalmente que as saudades, no final do curso, inspiraram-lhe um belíssimo poema que poderemos apreciar no
«Penedo da Saudade».
Plena em época lectiva e atraente pela sua longa história académica,Coimbra continua a inspirar poetas e outros sonhadores e a motivar desgarradas do típico «fado de Coimbra», nos sons apaixonantes da guitarra Portuguesa.

O Poeta fez ali os seus estudos, passou por lá parte da sua juventude e, como hoje, as saudades ficam «
…na hora da despedida».
Tomás Ribeiro sentiu-as também!
«Não vê a Terra allumiada
Dos astros do firmamento,
Quem leva a mente abrasada
Nas chamas dum pensamento.
Dormia inteira a cidade,
Ao Penedo da Saudade
Levou-me o destino meu;
Tudo era melancholia,
Vall!!!-perfumes!-harmonia!
Aves, flores, prado e Céu.
Olhei esse Éden para mim perdido,
Jardim florido de saudade e amor!...
Era a shaida do paiz do encanto!!
Não tive pranto, que afogasse a dor!!
Em cada roble que povoa o monte,
Na flor, na fonte, ao luar, no Céu,
Reli as folhas de truncada história,
Triste memória do que já foi meu.
Adeus ó templo de perennes prantos,
Que tens por cantos lacrimosos ais,
Vim tantas vezes suspirar contigo!...
Ai valle amigo!-para nunca mais!»

