Apenas um olhar sobre Parada de Gonta. Uma visão da realidade de ontem, de hoje, de sempre. A Aldeia que foi musa do Poeta, dos Poetas, Tomás Ribeiro, Branca de Gonta Colaço, Rodrigo de Melo...e berço de muitos artistas!
Tal como começámos, em Novembro de 2004, ENTRE, a porta continua aberta…
Nós estaremos por aí…
Porque AQUI NASCEMOS, aqui vivemos e…
G ABRAÇ para TODOS!...até...um dia!
Não podíamos terminar esta sequencia sobre «Parada de Gonta pelo País, Pelo Mundo», sem trazer aqui a cidade de Tondela, sede de Concelho, muito querida para o Poeta Tomás Ribeiro, de cuja Câmara foi digníssimo Presidente.
Tondela tem, como não podia deixar de ser, várias referências visíveis a Tomás Ribeiro e, também, a sua filha Branca de Gonta Colaço:
- O Colégio Tomás Ribeiro que antecedeu as Escolas EB2,3 e Secundária de Tondela, onde actualmente se encontra instalada a Escola Profissional;
- O edifício da Biblioteca Municipal com o seu nome;
- A rua principal, com o seu nome, que atravessa o centro da cidade.
Incluímos, aqui, um texto sobre a biografia de Tomás Ribeiro, que nos foi enviado por um Amigo (segundavida) através de um comentário a um «post» que colocámos. Aproveitamos para lhe agradecer publicamente as visitas que nos faz e o contributo magnífico.
«Tomás António Ribeiro Ferreira nasceu em Parada de Gonta, na Beira Alta. Formado em Direito pela Universidade de
Coimbra, exerceu advocacia durante algum tempo, cedo enveredando pela carreira política, que desenvolveu a par da sua carreira literária. Foi Deputado, Par do Reino, Ministro de Estado, Ministro da Marinha e das Obras Públicas, Governador dos Distritos de Braga e do Porto depois de, em 1860, ter sido nomeado Presidente da
Câmara Municipal de Tondela . Foi Presidente da Classe de Letras da Real Academia das Ciências de Lisboa. Exerceu o cargo de secretário-geral do governo da Índia. A sua estada naquela colónia inspirou-o para escrever a peça dramática A Indiana e vários poemas coligidos no volume Vésperas, poemas que reflectem um certo gosto pelo exotismo, ainda ao jeito romântico. Dessa estada no Oriente resultaram também dois volumes de narrativas de viagem, intitulados Jornadas.
Tomás Ribeiro viria a ser projectado para a ribalta literária depois de publicado o poema de grande folego D. Jaime (1862), prefaciado elogiosamente por Castilho (que considerava o jovem autor superior a Luís de Camões), uma das peças polémicas que deram origem à famosa “Questão Coimbrã” . Amigo de Camilo Castelo Branco, que visitou em S. Miguel de Ceide, prefaciou alguns dos livros do romancista, dedicou-lhe Dissonâncias e auxiliou-o na doença, recebendo o autor de Amor de Perdição na sua quinta de
Carnaxide. Naquela localidade foi um dos maiores incentivadores do culto de Nossa Senhora da Rocha, tendo estimulado a construção do santuário e de várias outras obras de benefício para a população. Produziu ensaios históricos, como a História da Legilação Liberal Portuguesa e Empréstimo de D. Miguel. Em teatro publicou ainda A Delfina do Mal, representado no teatro de D. Maria. Contam-se entre os seus livros de poesia Sons que Passam (que inclui o poema “A Judia”, muito celebrado nos salões sociais da época), e Dissonâncias. Centro de Documentação de Autores Portugueses. Com este currículo, tem que ser recordado em
muitas avenidas e ruas de Portugal.»